quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

As Fúrias - Erínias (em grego: Ἐρīνύς)


por: Mayara Petters Statti

As Fúrias são também chamadas as Erínies. Essas divindades infernais encarregadas de executar sobre os culpados a sentença dos juízes, devem o seu nome ao furor que inspiram.

Ministras da vingança dos deuses, elas devem existir desde a origem do mundo; São velhas como o crime que perseguem, como a inocência que procuram vingar. Segundo uns, elas foram formadas no mar com o sangue de CIo, quando esse antigo deus foi ultrajado e ferido por Saturno. Segundo Hesíodo, que as faz mais moças uma geração, elas nasceram da Terra que as gerara com o sangue de Saturno ferido por Júpiter.

As mais conhecidas das Fúrias, as mais citadas pelos poetas, são: Tisífone, Megera e Alecto.
Tisífone, vestida com uma roupa ensanguentada, vela dia e noite sentada à porta do Tártaro. Desde que a sentença dos criminosos é pronunciada, ela se arma do seu látego vingador, açoita-os impiedosamente e insulta-os quando eles se lamentam; na mão esquerda segura horríveis serpentes, e chama as suas bárbaras irmãs para auxiliá-la.
Era ela quem, para punir os mortais, espalhava a peste e os flagelos contagiosos; foi ainda ela quem perseguiu Etéoclo e Polínice e fez nascer entre eles esse ódio invencível que sobreviveu à sua morte. Essa Fúria tinha no monte Cíteron um templo cercado de ciprestes, onde Edipo, cego e banido, foi procurar asilo.

Megera, sua irmã, tem por missão semear as discórdias e as disputas entre os homens. E ela também quem persegue os culpados com maior sanha.
Alecto, a terceira Fúria, não deixa os criminosos em repouso, e atormenta-os sem descanso. Odiosa ao próprio Plutão, ela só respira vingança, e toma todas as formas para trair ou satisfazer a sua raiva. Representam-na armada de víboras, de archotes e de chicotes, e a cabeleira enrodilhada de serpentes.

Algumas vezes se designa por Erínies a primeira das Fúrias, nome que se generalizou para determiná-las em conjunto. As Erínies tinham um templo perto do Areópago, em Atenas, que servia de asilo inviolável aos criminosos.

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